(Ivan Siqueira)
Um economista precisa estar atualizado com sua profissão, e essa atualização se estende a áreas correlatas da economia. Se somos economistas financistas, aí o conhecimento de Contabilidade é muito importante, vamos tratar de dados, de séries de dados, que têm origem na contabilidade. Bem, a contabilidade, em si, não tem sofrido alterações que possamos classificar como importantes que mereça um reestudo, uma vez que na faculdade temos a matéria Contabilidade, mas nesta semana que passou me deparei com algo absolutamente novo, o lançamento do primeiro livro em língua portuguesa sobre contabilidade no setor petróleo, o livro se chama “Contabilidade de Petróleo e Gás”, de Adriano Rodrigues e Carlos Eduardo Silva, publicado pela CENGAGE Learning.
Isso é uma grande novidade, não havia até esse lançamento um livro específico sobre contabilidade do petróleo. O livro tem muitas qualidades, e, tanto assim é, que foi prefaciado por Eliseu Martins, do meu ponto de vista, o maior nome da contabilidade em nosso país. Foi com ele que fomos todos alertados, no final dos anos 80, para os efeitos que a inflação proporciona ao lucro contábil e a alavancagem financeira sob o aspecto contábil. Foi a primeira vez que vi questões econômicas sendo tratadas pelo olhar da contabilidade, Eliseu se tornou uma referência para mim. Assim, receber prefácio de Eliseu Martins já é um sinal de valor do trabalho.
E o livro “Contabilidade do Petróleo e Gás” tem mesmo esse valor. Escrito de forma didática e direta, sem rodeios, tudo o que aborda era necessário. O livro apresenta ótimas noções do mercado de petróleo e gás, dos gastos associados à indústria do petróleo, e a partir daí, aborda os métodos contábeis aplicados nas atividades de extração e produção de petróleo e gás, entre outros , o método full cost accounting.
A abordagem não se limita as normais contábeis brasileiras, o livro trata também de vários tópicos sobre normas internacionais de contabilidade aplicadas à indústria do petróleo. E termina o livro, tratando do caso específico da Petrobrás e os efeitos das mudanças nas demonstrações financeiras da companhia.
Bem, para mim foi uma ótima atualização, saber como os hidrocarbonetos recebem créditos, débitos, saber da classificação dos gastos em gastos de geologia, gastos exploratórios, poços de desenvolvimento, gastos de instalação, gastos de produção, e muito mais. O livro essencialmente contábil, até nos incentiva a desenvolver outros trabalhos, como um livro de Finanças do Petróleo, que seria uma ótima continuidade, fica minha sugestão.
Ivan Siqueira
26 de setembro de 2011
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