(Ivan Siqueira)
Alguém já disse que os três livros que mais beneficiaram a humanidade, são a “Bíblia”, “O Capital” (Karl Marx) e a “Riqueza das Nações”(Adam Smith). Há quem discorde de um ou outro, e há quem discorde dos três. Eu concordo com os três, cada um desses livros toca em algum ponto de nossas vidas, mas, o livro de Smith toca fundo demais!
Acabo de me lembrar de uma história muito interessante, coisas do xadrez. Conta-se que havia um jogo de xadrez marcado, entre dois bons jogadores, mas um deles faltou, e um menino de 10 anos se ofereceu para jogar no lugar do faltante. O adversário estranhou, mas a platéia sabia que o menino jogava e incentivou o jogo, e o jogo teve início. A certa altura do jogo, o menino já com grande vantagem, o adversário mostrou-se irritado em estar perdendo. De repente, o garoto dá xeque-mate e vence o jogo, e sai correndo para casa com medo do adversário!!! (risos) Acho muito legal essa história! O menino era François-André Philidor, que depois de adulto tornou-se uma referência no xadrez, ele criou uma jogada que ficou denominada como a “Defesa Philidor”.
Lembrei dessa história agora, porque Adam Smith fez algo parecido, não quando menino, mas quando escreveu seu livro “A Riqueza das Nações”, ele deu um verdadeiro xeque-mate no pensamento reinante, em especial no mercantilismo. O que os mercantilistas acreditavam e propunham abertamente é que o bem estar e a força econômica de uma nação derivava da acumulação nacional de metais preciosos. E, quem acreditava nisso? Todo mundo. O pensamento mercantilista era coerente, sim, os escritos pareciam científicos, como contestar isso?
Smith pensava, só pensava, pensava tanto que, conta-se que um dia ele estava em casa de roupão, uma peça íntima que o homem jamais deveria se mostrar em público assim, mas ele foi para a rua, pensando, e andou alguns quilômetros, até dar-se por si, que estava vestido assim!
Em meio a esse ambiente onde dominava soberano o pensamento mercantilista, Adam Smith aparece com seu livro, e move uma peça do tabuleiro, e fulmina o passado, xeque-mate: a riqueza de uma nação está na produtividade da força de trabalho, com ela, não haveria necessidade de se preocupar com o estoque de ouro, ele apareceria!
O resto, todo mundo sabe, tudo o mais veio daí!
23 de setembro de 2011
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