Ivan Siqueira
(Antes leia o post 9)
Um outro pensador que muito contribuiu para o entendimento da moeda foi Richard Cantillon. Ele tem uma história terrível, morreu em um incêndio em sua casa em Londres, com suspeitas de ter sido provocado criminosamente por seu cozinheiro.
Cantillon escreveu um livro de muita importância para a economia de sua época, “Ensaios Sobre a Natureza do Comércio em Geral”. Stanley Jevons adorava esse livro de Cantillon, e o considerava o melhor pensamento antes de Adam Smith.
Cantillon participava da idéia de Hume, da não-neutralidade da moeda a curto prazo, e ia além, via efeitos distributivistas na moeda, transferência de renda ao lucro, em detrimento de salários, e isso provocaria aumento da demanda por trabalho, redução de juros e transferência de consumo para investimento. Tudo no curto prazo. Como dizia minha avó, “aí tem pano pra manga!”, quer dizer, tem é coisa pra se ver! Não é a toa que, quando o monetarismo renasce das cinzas, isso tudo volta a tona. Cantillon foi o primeiro economista a pensar que a moeda tem velocidade, variável a cada momento, ele foi quem primeiro falou em “velocidade de circulação da moeda”.
A partir daí, as bases para a teoria quantitativa da moeda estavam formadas. Foi preciso apenas Simon Newcomb dar o chute inicial, a bola bateu no pé de Marshall, tabelou com Pigou, e Irving Fisher fez o gol! Falo disso a qualquer momento.
Ivan Siqueira
22 de setembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário