(Ivan Siqueira)
Os estudos sobre economia monetária apresentam um marco em 1922, quando o economista norte-americano Irving Fisher publica seu famoso livro “The Purchasing Power of Money”, e equaciona a teoria quantitativa da moeda na forma amplamente conhecida:
MV = PT
Não foi Fisher o primeiro a pensar nessa questão. No ano de 1886 um astrônomo interessado em economia, Simon Newcomb, escreveu um livro intitulado “Principles of Political Economy” onde apresentava uma idéia monetarista, ele dizia que:
VR = KP
V ele dizia que era o volume de moeda, R era a rapidez de circulação da moeda, K era o volume de bens e serviços adquiridos em determinado período, e P era nível de preços. Em suas idéias, ele dizia que um aumento de V afetaria P. Mas não fez considerações sobre se aumentos de V poderiam afetar a K, ou seja, a atividade real.
Na equação de Fisher, M é a média do volume de moeda em circulação, ou seja, a oferta monetária, V é a velocidade de circulação da moeda, P é uma média ponderada dos preços dos bens e serviços(é conhecido como índice de preços de Fisher) e T é o volume de bens e serviços negociados.
Fisher foi um dos economistas que mais refletiu sobre o que acontece com a economia do ponto de vista da moeda, ou seja, ele desejava saber que efeitos surgiriam de alterações nas variáveis de sua equação de trocas. E ele tinha 3 conclusões:
1 – Se V e T permanecerem fixas enquanto M varia em qualquer proporção, o lado monetário da equação, variará na mesma proporção, e, portanto, seu igual, o lado de bens, deve variar também na mesma proporção.
2 – Se M e T permanecem invariáveis, enquanto V varia em qualquer proporção, o lado monetário da equação variará na mesma proporção e, portanto, seu igual, o lado de bens, deverá variar na mesma proporção, conseqüentemente, P, os preços, variarão na mesma proporção, ou alguns mais e outros menos de modo a compensar-se.
3 – Se M e V permanecerem invariáveis, o lado monetário e o lado real permanecerão também invariáveis. Conseqüentemente, se T (as quantidades dos bens) variassem numa proporção determinada, P (os preços) variariam todos na proporção inversa, ou alguns mais e outros menos para compensar-se.
Como dizia minha avó, “aí tem pano pra manga!” A primeira dúvida nossa deveria ser, o que será que Fisher pensa sobre V , seria uma constante (essa é uma visão ingênua), e onde entra a taxa de juros nessa história daí?
Bem, isso Fisher abordou na sua teoria do ciclo de crédito, assunto para outra hora. Sem minha avó para atrapalhar!!!
Ivan Siqueira
22 de setembro de 2011
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário