Prestenção! Isso só pode ser claramente esclarecido a partir do entendimento sobre a demanda efetiva, com Keynes ou com Kalecki. Senão, vejamos. Pode existir uma forma de exploração mais perfeita, mas totalizante, do que a escravidão? Se explorar o trabalho fosse um “bom negócio”, a escravidão seria um sucesso, mas foi um fiasco! Em Roma e na Grécia Antiga, cerca de 80% da população era formada por escravos. E esse sistema econômico, produzir usando o trabalho escravo, permitia ao senhor de escravos, apropriar-se de todo o excedente produzido pelo escravo, lembrando que o escravo só recebia apenas alimentação e vestuário para sobreviver. Essa ideologia de vida parecia tão natural aos olhos de todos que até Platão e Aristóteles achavam que certos homens nasciam pra ser escravos, e que outros mais dotados intelectualmente vieram pra ser donos de escravos! Veja você!
Qual a conclusão? Os donos de escravos viviam cercados de
luxos, possuíam mansões, exploravam sexualmente as escravas, mas não tinham o
principal: não geravam renda para alguma classe que pudesse demandar os
produtos deles! Era uma economia que não criava demanda efetiva! Deu em que?
Total estagnação da economia antiga, o que fez o Império Romano entrar em
declínio vertiginoso como um aviãozinho de papel!
Ah! Então explorar o trabalho em maior ou menor grau vai dar
nisso! Mas, ninguém sabia sobre demanda efetiva, Keynes(e Kalecki) só deram as
caras no século XX, na década de 30, e aí, sem esse tipo de análise, o que os
caras fizeram depois do fiasco da escravidão? Inventaram o feudalismo.
Ivan Siqueira
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