18 de abril de 2014

52 - Mudanças à vista

(Ivan Siqueira)

Estou retomando o nosso trabalho no Economeditando Blog, depois de um bom período de tempo em que estive impossibilitado de postar, por uma série de questões e compromissos. A partir de agora, venho apresentar mudanças no direcionamento do Economeditando Blog, a saber:

1 - pretendemos  apresentar uma série de questões técnicas, estudos, ao nível da formação de teorias, exercícios indispensáveis ao estudo da economia;

2 - quanto aos exercícios,  serão numerados, e estaremos apresentando em posts subsequentes, as respostas de cada  exercício apresentado.

Aproveitamos para comunicar que o Economeditando Blog, e o seu autor, não podem ser responsabilizados por nenhuma consequência do uso dos conhecimentos aqui adquiridos, sejam quaisquer perdas em eventuais operações financeiras, sejam usos desses conhecimentos em provas, concursos públicos e atividades afins.

Ivan Siqueira
 

25 de janeiro de 2014

51 - O passado te condena

 Ivan Siqueira)

“O passado te condena” é o nome de um filme que eu assisti na minha adolescência. Lembro pouco do filme, mas o nome é forte, ficou na minha memória. Isso é a Argentina!
Pense num garoto que precisa de dinheiro, e que convenceu a irmã a emprestar a ele o dinheiro que ela não tinha, ou não podia emprestar, mas o garoto é gente boa e a irmã acabou por emprestar a grana, mas na condição de que ele pagasse logo. O garoto se livrou do problema financeiro que tinha, mas nunca pagou a dívida, e vive tentando convencer a irmã de que ela bem que poderia aceitar menos pela dívida, mas a irmã não aceita! Isso é a Argentina!

Em meados de 1979 ingressei em uma nova empresa, fui trabalhar em uma empresa que, por acaso, tinha um grande endividamento em dólares. Como todos sabem, as empresas se endividam buscando o efeito da alavancagem financeira, ou seja, tomar dinheiro a um custo barato da dívida de modo a dar ao capital do acionista uma rentabilidade maior do que a que existiria se ele próprio colocasse aquele montante de dinheiro da dívida com seus próprios recursos. Em linguagem figurada, a empresa rende 18% ao ano, a dívida custa 12% ao ano, e o acionista ganha 25% ao ano, se ele colocasse a grana toda do bolso dele, só ganharia 18% ao ano que é quanto aquele negócio rende. Ele ganha a diferença, mas alavancada, porque usou dinheiro emprestado! Bem, se é tão fácil assim, por que todos não fazem o mesmo? Por causa do risco operacional, se os negócios não vão bem a empresa quebra! Está cheio de casos aí!
Eu mal havia entendido a nova empresa onde eu estava trabalhando, e a política cambial  pratica em dezembro uma maxi desvalorização do cruzeiro  de 30%. O que significa isso? Significa que os capitais que entrariam no país receberiam um “ganho” de 30%, assim, no ato! Os exportadores e os investidores estrangeiros todos sorrindo, o país precisa de dólares e vai obte-los assim, um ganho que veio do céu! Mas todo mundo que tem uma dívida em dólar está 30% mais pobre depois da desvalorização da moeda local, ou seja, está devendo 30% a mais! E eu, como economista daquela  empresa, já endividada quando eu entrei, com essa batata quente na mão! A sorte é que todo mundo tem duas mãos!

Em Economia tem aquilo que todos sabem e aquilo que poucos sabem, porque  essa é uma ciência intrincada, cheia de detalhes. O que poucos sabem é que uma desvalorização da moeda local pede novas desvalorizações, em síntese, uma midi ou maxi desvalorização , pede, exige, novas desvalorizações na sequencia, porque é isso o que vai permitir estabilizar os efeitos da desvalorização inicial. Qual a condição para que esse processo perverso não seja deflagrado? É ter permitido apenas mini-desvalorizações progressivas. Mas quem “ter permitido”? O mercado, que é quem manda em tudo, mas se inventaram banco central, é ele o responsável por não deixar o mercado fazer o que der na telha! Mas, todo  banco central é ingênuo, ele pensa que funciona como um segundo mercado que atua sobre o primeiro, mas isso não existe, ele apenas reforça as tendências do mercado, ou seja, se há escassez de dólares  o câmbio sobe, se há excesso o câmbio cai, ou, o que significa a mesma coisa, se o câmbio vai subir o mercado entra vendendo, se o cambio vai cair, o mercado entra comprando. Assim, o banco central é sempre um mal, porque ele funciona como um reforço do que está “errado”, mas aos olhos de todos ele parece ser o que “alivia” o erro!  Mas, alguém há de dizer que o mercado nunca erra, que o mercado é perfeito, mas cumpre avisar: os mercados são sempre imperfeitos, desde Chamberlain, Robinson. Eu os li na década de 80. Ainda não leu? Procure ler.
Na Argentina a marca é a do calote, fizeram o calote e nunca desfizeram, quem vai desejar comprar um título do governo Argentino, se no futuro o governo vai propor pagar apenas 70% do valor do título, que é o que ele fez, lembra do garoto e a sua irmã? Assim, a marca desse governo “peronista”, que era uma péssima marca econômica, passou a ser a feição política, o rosto do governo, o que dizem da presidente Kirchner é que ela mente o tempo todo, na verdade quem mente é a economia! E o que é uma economia que mente? É uma economia que diz de si uma coisa, que pretende ser, mas, que ela não é! E , se não é, vai precisar de calote, de desvalorizar a moeda nacional, e, ainda assim, vai ver suas reservas cambiais decrescendo, porque entrou no ciclone - não tem PIB suficiente - não exporta o que precisava exportar -  mas tem compromissos externos a pagar - o investidor externo não bota dinheiro porque tem medo do calote –  a população não empresta dinheiro ao governo, porque  se emprestar vai receber 70% do que emprestou - a demanda se retrai e a inflação vem com tudo - as reservas internacionais vão minguando, etc.  E aí, num último suspiro, fazem o que o mundo inteiro está fazendo, desvalorizando suas moedas locais, como se fosse uma gincana pra ver quem desvaloriza mais, mas no efeito global, na média, as desvalorizações se anulam, é como dois meninos vendendo estilingue por R$5,00 e cada um desvaloriza seu preço para R$3,00, ninguém vai vender mais do que o outro!  E ainda tem um erro fenomenal , não digam que essa  é uma crise da Argentina de 2014, a crise é uma herança deixa pelo marido, que jogou para o futuro o que era insustentável no passado, mas como péssimo marido não avisou a esposa, que herança maldita! Sim, tal como o garoto e a sua irmã, o garoto se livrou do problema pegando o dinheiro emprestado, a irmã ganhou o “pepino” de presente! Em economia não tem mágica, errou, espere o futuro! Mas, a sorte dos economistas é que a economia Argentina não é mais um assunto para economistas, é para psicanalistas! Haja divã!

E nós aqui? Nós somos uma Argentina amanhã!  Os erros em economia tem polaridades. Você usa sua geladeira no máximo nível de refrigeração? Você estoca gasolina no seu quintal? Você usa seu ar refrigerado no nível mais alto do frio?  Você coloca todo o seu salário na poupança? Mas,  a Dilma tem reservas internacionais de cerca de US$370 bilhões, saindo pelo ladrão, como se fala de nossa caixa d’água, o que é um erro para a política monetária, mas o que fazer alternativamente com as reservas internacionais, isso tem uso, existe um nível ótimo de reservas internacionais? Assunto para um próximo post, antes que o tango contagie o nosso samba!
Ivan Siqueira

20 de janeiro de 2014

50 - Aviso: o banco pode quebrar!

 (Ivan Siqueira)

Muita gente não crê que um imenso asteróide possa colidir com a Terra, e isso seria o fim de nosso planeta! E muita gente não crê, também,  que o sistema capitalista possa ruir, quando muito ele pode passar por crises sistêmicas, mas ser exterminado, jamais! Bem, devo dizer que não sou eu que penso assim, porque o grande problema está exatamente em crises sistêmicas, uma crise em que um elemento causador da crise se alastra por todo o sistema, por um processo de contágio, sem possibilidade de controle, uma espécie de metástase financeira! Mas, já aconteceu? Não, parece que não, mas bancos quebram, isso nós sabemos! Nos EUA, o quarto maior banco de lá, o Lehman Brothers, quebrou! Você acha que um banco brasileiro de porte, de primeira linha, pode quebrar? Pois saiba que, em todo episódio dessa natureza, bancos quebram sem nos avisar, sem nos mandar e-mail, é sempre assim! Mas, eu pergunto, será que era pra ser assim, será que o Banco Central não tem meios de avaliar com antecedência que aquele banco comercial ou de investimentos vai quebrar, antes de qualquer outro sinal?
Existe uma ciência que se chama Análise de Balanços, que permite avaliar e entender o perfil financeiro de uma empresa, se ela apresenta lucratividade, qual o índice de endividamento dessa empresa, qual a sua liquidez, ou seja, uma verdadeira radiografia financeira de uma empresa. Assim, também, existem modelos de avaliação financeira de bancos. Quero dizer que, quando um banco quebra, alguém deixou isso acontecer! É como uma criança diabética que morreu com elevada dose de açúcar no sangue! Mas, e o pai, não viu isso?

Existem pelo menos dois modelos de early warning, o modelo de regressão logística e o modelo de risco proporcional de Cox, esses dois modelos conseguem prever se um determinado banco vai sobreviver mais do que um determinado tempo no futuro, no caso do modelo de Cox, ele permite prever o tempo esperado para a quebra do banco.
Mas, quem usa isso? A técnica existe, é de eficiência comprovada, previu a quebra do Lehman Brothers, mas quem trabalha com isso aqui no Brasil? Quem pode nos informar? Ninguém sabe, ninguém viu! Assim, só nos resta esperar o asteroide, porque independente de nossas crenças baseadas no senso comum, os astrônomos informam que esse tipo de colisão pode, sim, acontecer! Deus que nos livre! Dos asteroides? Não, da fragilidade dos bancos e, pior, da ineficiência dos que deveriam cuidar de nós!

Ivan Siqueira

19 de janeiro de 2014

49 - Um exército de zumbis

 (Ivan Siqueira)

Imagine que alguém apresente  a você um cidadão qualquer, ele tem boa aparência, é saudável, mas ele tem o mais grave problema que alguém pode ter: ele é um desempregado! Suponha, ainda, que ele próprio fale com você da situação dele, ao ser apresentado a você, ele diz:  “muito prazer, sou um desempregado”!
Você, com toda a certeza, ficará sentido com a situação desse cidadão, conhecer na sua frente um desempregado! Suponho que você esteja empregado e não viva esse problema em sua pele!

Mas, vamos mudar o quadro. Agora você vê uma fila de pessoas que passam em sua frente, cerca de quinhentas pessoas, e, alguém ao seu lado, informa a você: - São desempregados! Imagino que você nunca viu na sua frente, como eu nunca vi,  uma fila de quinhentas pessoas desempregadas! E você foi avisado da situação dessas pessoas, que, a rigor, não podem nada, nem comprar um litro de leite! Você não é uma pessoa insensível, como eu não sou, e, vendo esta cena a nossa frente, vamos sentir pena dessas pessoas que não têm nenhuma renda porque não conseguem trabalho!
Não sei se você sabe, mas como economista posso esclarecer que, o que torna esse fato ainda mais triste, é que todo desempregado é uma pessoa que procura emprego, mas não o encontra! E, por que estou alertando para esse fato?  Porque existem muitas pessoas que não  têm um trabalho, mas. por alguma razão, não procuram emprego, e, assim, não fazem parte das estatísticas de desempregados, mas não estão trabalhando, algumas até cansaram de procurar emprego!
Agora, imagine uma cena dantesca, humilhante, apavorante! Você está em uma imensa planície de perder de vista, e vê a sua frente 7.400.000 ( sete milhões e quatrocentas mil)  pessoas que caminham lentamente juntas, com o mesmo tipo de dor e problema, e alguém informa a você:

- Você vê esse mundo imenso de gente, esse mar de gente a perder de vista?  Todas essas  pessoas estão desempregadas!

Bem, você não viveu nenhuma dessas três cenas, mas o IBGE acaba de informar que o Brasil tem 7 milhões e 400 mil desempregados! E, o que é o mais grave disso, é que o governo comemora, porque ele diz, a taxa de desemprego é baixa! São 7.400.000 pessoas vagando como zumbis e o governo comemora! Mas o mesmo IBGE informa em sua pesquisa de desemprego que, além desses 7 milhões de desempregados, existem ainda mais 61 milhões de brasileiros que não trabalham e não procuram uma ocupação, estes não fazem parte das estatísticas do desemprego, mas não trabalham.
E você, gosta desse governo?  

Ivan Siqueira

11 de janeiro de 2014

48 - A teoria do capital-trabalho

(Ivan Siqueira)

A teoria do capital-trabalho não existe, mas pode estar nascendo aqui! Num passado não muito distante, a esquerda e a direita se degladiaram, a primeira desejando exterminar o capitalismo, a outra o enaltecendo e mostrando que a vantagem do capitalismo é exatamente o valor do capital e sua mobilidade, o capital vai pra onde ele quer, cobra lucros e juros por seu valor, só tem vantagens!

Esses conceitos sobre esquerda, direita, socialismo, neoliberalismo, são conceitos ultrapassados, o que nos importa é descobrir um sistema que seja o melhor para todos, o nome, quem quiser que dê mais tarde. Em uma teoria que venho pensando como alternativa, a denominei de teoria do capital-trabalho, e,  a idéia é bem simples, é que, assim como o capital tem um valor e é remunerado pelo valor que tem, da mesma forma o trabalho deveria ter um valor e ser remunerado pelo valor que tem! Para o sistema capitalista vigente o  “lucro do capital” é algo legítimo e corresponde a renda do capital, assim, deveria também haver um “lucro do trabalho” que representasse a renda do trabalho! Mas, você pode estar aí se perguntando, e os salários? Os salários seriam extintos, coisa do passado, no novo sistema os salários seriam substituídos pelo “lucro do trabalho”, é como se os trabalhadores concordassem plenamente com o capitalismo, mas dissessem, nós também temos um capital a oferecer: nosso trabalho! Vamos fazer um capitalismo pra valer?
Mas, como seria estabelecido o valor do capital-trabalho? Cada trabalhador, seja ele um operário, um chefe de setor, um gerente de operações, ou qualquer outro nível que o funcionário tivesse em uma empresa, cada trabalhador teria um valor associado a ele, que indicaria o quanto ele vale, como acontecesse com os jogadores de futebol, só que a empresa não pagaria esse valor, o trabalhador seria como um empréstimo que a empresa faria, onde o valor do empréstimo fosse o valor daquele trabalhador, a quem a empresa remuneraria através de uma taxa percentual sobre o seu valor, exatamente como uma empresa remunera o capital dos sócios através da distribuição de dividendos, ou quando uma empresa precisa de recursos, vende debêntures e paga juros por esse empréstimo, ou como um banco que remunera a um investidor que compra um título dele como um CDB. Em todos esses exemplos que eu dei são uma empresa pegando empréstimos.  Assim, nesse sistema do capital-trabalho, o valor de um trabalhador seria também como um empréstimo feito pela empresa, ao qual ela pagaria mensalmente por uma espécie de taxa de juros. Nada mais justo do que ser justo, pela primeira vez o capitalismo seria capitalismo mesmo, com dois tipos de capital: capital-capital e capital-trabalho!

O valor de cada trabalhador seria um valor individual, assim, um operário poderia valer, por exemplo, R$100.000,00, mas um outro operário poderia valer R$130.000,00 ou apenas R$85.000,00, isso vai depender da produtividade do trabalho de cada um.
 Suponha uma empresa com um capital-capital no valor de R$140 milhões e capital-trabalho no valor de R$60 milhões, ao final do exercício o lucro líquido seria distribuído  em dividendos para os dois grupos baseado em proporções criteriosas, a ser discutido mais a frente.  Não pense, internauta, que isso é o mesmo que “participação nos lucros”, esse sistema que algumas empresas já adotam, não é, é diferente porque o trabalhador teria um valor imputado a ele, e assim, o conjunto da força de trabalho de uma empresa representaria um capital que a empresa teria investido em trabalho, a que deveria remunerar. É como se a empresa fizesse dois investimentos, um em capital fixo, máquinas, equipamentos, instalações, e e outro em capital trabalho, ou seja , na “compra” de seus funcionários.  Só que, a empresa não pagou efetivamente ao trabalhador por esse valor do trabalhador, não desembolsou esse dinheiro. E, como a empresa pagaria essa “compra” ? Pagaria com base em uma TJT(taxa de juros do trabalho), uma espécie de taxa de juros que daria a remuneração mensal a cada trabalhador da empresa, com base em seu valor. É como se o trabalhador fosse um empréstimo feito pela empresa, um título que rende juros, e como todo título tem um valor nominal o trabalhador também teria! E como todo título pode perder valor, o trabalhador também poderia ver seu valor diminuído, quando a TJT se elevasse. Vamos explicar melhor esse mecanismo. Todas as vezes que a taxa de juros aumenta, o valor dos títulos no mercado diminui, da mesma forma, no caso da TJT se ela se elevasse, significa que o trabalhador estaria recebendo uma maior remuneração pelo seu trabalho, mas em compensação, seu valor de mercado cairia! Cara, se é pra ser capitalismo, é pra ser capitalismo total! Nada de salário mínimo, cada trabalhador teria um valor, com base em sua produtividade, se a empresa deseja mais produtividade, que pague mais por outro trabalhador que dê essa produtividade! Mas esse trabalhador seria mais bem remunerado mensalmente, claro, ele produz mais, e a TJT seria uma função dessa produtividade!

E o que determinaria o valor de um trabalhador? O mesmo que determina o valor de qualquer outro investimento: o mercado! O que determina o valor do dólar? A disputa entre oferta e procura de dólares no mercado. O que determina o valor do barril de petróleo? A quantidade de barris que são ofertados e demandados pelo mercado. Assim, também, seria determinado o valor do trabalho. E, assim como as ações de uma empresa dão ganhos de capital quando se valorizam na bolsa de valores, a valorização da força de trabalho de uma empresa também daria ganhos de capital a empresa, ou seja , ela possui trabalhadores valorizados, que, por consequência, apresentam produtividade valorizadas pelo mercado. Por ter trabalhadores valorizados, produtivos, ela remuneraria ao trabalho proporcional a essa boa produtividade. Mas ela também venderia para outras empresas esses trabalhadores, bons trabalhadores ela venderia por bons preços, enquanto trabalhadores improdutivos ganhariam menos, mas também “valeriam” menos! Quem é que gostaria de ser improdutivo?
E o que determinaria o valor do “lucro do trabalho”, ou seja, o valor da remuneração de cada trabalhador? Seria a TJT(taxa de juros do trabalho), ou seja , aquilo que a empresa efetivamente produziu, quedas na produção, sabemos todos, diminuem o “lucro do capital”, e diminuiriam também o “lucro do trabalho”, mas ganhos de produtividade elevariam os ganhos dos dois, capital e trabalho! Um sistema perfeito, pela primeira vez trabalhadores iriam mostrar o que é trabalhar, ia ser um tal de gente desejando trabalhar sábado, domingo, feriado, trabalhar em dois turnos, os capitalistas iriam vibrar, e os trabalhadores mais ainda, e dizendo: - deixa comigo!

Nesse sistema que proponho, o do capital-trabalho, só não vale é dizer que capitalismo é coisa ruim! Como ruim, se quando uns vão bem, todos vão bem!  Manisfestações de rua? Haveriam sim, milhares de trabalhadores com suas tabuletas em punhos, e gritando, VIVA O CAPITALISMO!
Assim, até eu viro operário, com muito orgulho! Mas, por enquanto, o orgulho é  apenas de apresentar essas ideias, a da teoria do  capital-trabalho, na verdade, o que estou propondo é um novo sistema macroeconômico, mas, não faço mais do que minha obrigação! Chega de keynesianismo e suas crises eternas produzidas por bancos centrais que não funcionam! Cumpre esclarecer que meu sistema, o do capital-trabalho, está muito mais desenvolvido do que essas simples ideias aqui apresentadas ao mundo.  E eu, a disposição para levarmos essa discussão adiante. Vem mais aqui no Economeditando.

Ivan Siqueira